Noragami - Adachitoka

. Resenha Critica / Arthur Vieira
. Texto: Volume 1

Ficha Técnica

. Título original: ノラガミ 2 (Noragami, Vol. 2)
. Gênero: Ação, Fantasia, Sobrenatural, Drama, Comédia
. Editora original (Japão): Kodansha
. Editora brasileira: Panini
. Volume 2 de 27
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Resenha

O segundo volume de Noragami prossegue com o universo mitológico e urbano introduzido por Adachitoka, trazendo mais profundidade e tensão emocional.  Neste ponto, a história se aprofunda nas relações entre os personagens principais — particularmente entre Yato e Yukine — ao passo que os conflitos espirituais se tornam mais intrincados e arriscados.

Depois dos acontecimentos iniciais do volume 1, somos conduzidos a compreender de forma mais aprofundada a interação entre um deus e seu shinki (arma divina), particularmente os perigos que emergem quando essa conexão está desbalanceada.  Yukine, ainda imaturo e desorientado em relação à sua nova condição, começa a se comportar de maneira impulsiva, o que provoca efeitos colaterais diretamente relacionados a Yato.  O vínculo espiritual entre os dois, que antes parecia meramente simbólico, agora demonstra uma dimensão física e emocional intensa — um dos conceitos mais intrigantes do universo criado pela autora.

Por outro lado, Hiyori segue tentando compreender sua nova condição de "espírito solto", ao mesmo tempo em que desempenha o papel de intermediária emocional entre Yato e Yukine.  Sua presença não é apenas funcional à trama; ela é essencial para tornar os dois mais humanos e levar o leitor a pensar sobre questões como pertencimento, empatia e a dor do luto não resolvido.

Neste volume, Adachitoka apresenta novos personagens e indícios sobre o passado de Yato, que acrescentam elementos de mistério à sua personalidade cômica inicial.  O leitor começa a entender que o “deus de 5 ienes” é muito mais complexo do que parece, o que desperta o interesse em continuar a leitura.

O segundo volume de Noragami apresenta um evidente amadurecimento na trama.  O primeiro volume mantém sua leveza cômica, porém agora traz dilemas éticos, traumas emocionais e uma tensão crescente.  É nesse momento que o mangá começa a mostrar sua verdadeira essência: personagens imperfeitos, mas profundamente humanos, mesmo quando são deuses ou espíritos.

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